Preços do açúcar fecham mistos nas bolsas internacionais

Os mercados internacionais de açúcar fecharam mistos nesta quarta-feira (29), pressionados pela desvalorização do real, que estimula vendas externas da commodity no maior produtor mundial (Brasil) e com as tentativas do governo brasileiro de frear a alta dos preços de energia.

Em Nova York, na ICE Future, o açúcar bruto fechou a quarta-feira contratado a 18,55 centavos de dólar por libra-peso, no vencimento julho/22, valorização de 2 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela outubro/22 subiu 1 ponto, com negócios em 18,51 cts/lb. Os demais lotes oscilaram entre baixa de 3 pontos e alta de 2 pontos.

Segundo analistas, o real está próximo de seu valor mais baixo em relação ao dólar em cinco meses, incitando os produtores a vender açúcar, com o aumento de retornos em termos de moeda local. “Operadores disseram que o açúcar também está sob pressão das tentativas do governo brasileiro de reduzir os preços de energia cortando impostos sobre os combustíveis”.

Londres

Em Londres o açúcar branco também fechou no azul nos 5 primeiros contratos e em queda nos demais. O lote agosto/22 foi contratado ontem a US$ 553,80 a tonelada, valorização de 1,30 dólar. Já a tela outubro/22 também subiu 1,30 dólar, negociada a US$ 531,20 a tonelada. Os demais contratos oscilaram entre queda de 1,10 dólar e alta de 1,60 dólar.

Mercado doméstico

No mercado interno a quarta-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada a R$ 127,94 contra R$ 128,02 da véspera, recuo de 0,06% no comparativo entre os dias. No mês o indicador acumula baixa de 2,28%.

Etanol em baixa

Pelo terceiro dia consecutivo as cotações do etanol hidratado fecharam em baixa. Ontem, o biocombustível foi vendido, pelo Indicador Diário Paulínia, a R$ 3.043,50 o m³ contra R$ 3.096,00 o m³ praticado na véspera, desvalorização de 1,70% no comparativo. Em junho o indicador acumula desvalorização de 4,07%.