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Agronegócio

Soja: negócios travam no Brasil em dia de muitas oscilações em Chicago

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O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e de preços entre estáveis e levemente mais altos nesta quinta-feira (30). Dólar e Chicago apresentaram muita volatilidade, dificultando a adoção de patamares de preços e afastando os negociadores, de acordo com avaliação da consultoria Safras & Mercado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 193. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 191. No Porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 197,50.

Já em Cascavel (PR) o preço da saca de soja ficou em R$ 190, contra R$ 196,50 no porto de Paranaguá. Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 177 para R$ 178. Além disso, a cotação permaneceu em R$ 178 em Dourados (MS), enquanto Rio Verde (GO) registrou aumento de R$ 175 para R$ 176.

Soja em Chicago

Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em alta, em dia marcado por muita volatilidade.

Apesar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter surpreendido com a indicação de uma área bem abaixo do esperado em 2022, a preocupação com a economia global e o fraco desempenho do milho e do trigo pesaram sobre as cotações.

A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2022 deverá totalizar 88,3 milhões de acres. Se confirmada, a área ficará 1% acima do total cultivado no ano passado, de 87,195 milhões.

O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 90,43 milhões de acres. A estimativa ficou também bem abaixo da intenção de plantio, divulgada em março pelo USDA e que previa área de 90,955 milhões de acres. Na comparação com o ano passado, a área deverá ser igual ou maior em 24 dos 29 estados produtores do país.

Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 10 de junho, totalizaram 971 milhões de bushels. O volume estocado subiu 26% na comparação com igual período de 2021.

O número ficou acima da expectativa do mercado, de 959 milhões de bushels. Do total, 331 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com ganho de 51%. Os estoques fora das fazendas somam 640 milhões de bushels, com alta de 17%.

Logo após o relatório, o mercado mudou de direção, saindo de perdas acima de 1% para ganhos da mesma proporção. Mas o movimento não se sustentou.

A sessão foi a última do mês, do trimestre e do semestre, o que forçou os agentes a posicionarem suas carteiras. Os estoques acima do esperado e as exportações semanais fracas ajudaram a pressionar as cotações.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1° de setembro, ficaram em 120,2 mil toneladas na semana encerrada em 16 de junho – menor patamar da temporada. Representa um forte recuo frente à semana anterior e sobre a média das últimas quatro semanas. Os Países Baixos (Holanda) lideraram as importações, com 149 mil toneladas.

Para a temporada 2022/23, ficaram em 127,6 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 200 mil e 600 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 11 centavos de dólar por bushel ou 0,69% a US$ 15,60 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,58 por bushel, com perda de 20,25 centavos ou 1,36%.

Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com alta de US$ 6,20 ou 1,44% a US$ 435,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 67,01 centavos de dólar, com baixa de 2,49 centavos ou 3,58%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,8%, sendo negociado a R$ 5,232 para venda e a R$ 5,230 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,131 e a máxima de R$ 5,279

No mês, a moeda subiu 10,05%, enquanto no trimestre a alta foi de 9,89%. No semestre, houve queda de 6,17%.