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Manhã Super Difusora

Novas profissões digitais exigem profissionalização e CNPJ para evitar problemas fiscais

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Na edição desta segunda-feira (19) do programa Manhã Super Difusora, o entrevistado foi Rafael Pexe, da Sinergia Soluções, que trouxe orientações importantes sobre a necessidade de legalizar atividades ligadas às novas profissões digitais — como influenciadores, produtores de conteúdo e gamers. Com o avanço da tecnologia e o crescimento acelerado das redes sociais e plataformas de streaming, o número de pessoas que monetizam conteúdo online aumentou significativamente, mas muitos ainda não compreendem suas obrigações legais e fiscais.

Durante a conversa, Rafael alertou que, a partir do momento em que há uma movimentação financeira constante, mesmo que pequena, é fundamental formalizar essa atividade com um CNPJ. “Quando começa a cair R$ 2 mil, R$ 3 mil na conta, o ideal é já procurar ajuda para entender como legalizar isso. Acima de R$ 5 mil, já é essencial. Se continuar como pessoa física, o imposto pago pode ser muito maior”, explicou.

Ele destacou que a monetização pode vir tanto de patrocínios diretos quanto das próprias plataformas, como TikTok e Instagram, que oferecem remuneração baseada em visualizações. No TikTok, por exemplo, é necessário ter no mínimo 10 mil seguidores e vídeos com mais de um minuto para se qualificar para o programa de monetização. Mesmo que o valor venha em dólar e seja convertido automaticamente para reais, o depósito é rastreável e precisa ser declarado corretamente.

Outro ponto discutido foi a visão deturpada que ainda existe sobre essas profissões. “Muita gente ainda acha que não é trabalho ganhar dinheiro sem sair do quarto, jogando ou postando vídeos. Mas é sim, e é muito dinheiro envolvido. O mercado é bilionário. Por isso, tratamos nossos clientes como empresários”, afirmou Rafael, que também atua com planejamento contábil voltado para esse público.

O exemplo da influenciadora Taciele Alcolea foi citado para mostrar como a organização financeira é essencial desde o início. “Ela é toda certinha, tem empresa aberta, nota fiscal para tudo, e mesmo assim foi denunciada na alfândega. Imagina quem não se organiza? É prejuízo na certa”, completou.

Rafael finalizou ressaltando que é preciso levar a sério essas novas carreiras e buscar orientação profissional desde os primeiros sinais de crescimento. “Abrir uma empresa, pagar um contador e declarar corretamente pode representar economia de impostos e proteção legal. Ignorar isso pode sair muito caro lá na frente.”