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Atletas paralímpicos de Itapetininga participam de semana intensa de treinamentos no Rio de Janeiro e são destaque nacional

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Seis atletas paralímpicos de Itapetininga participaram, entre os dias 7 e 14 de junho, do Camping Escolar Paralímpico, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), no Rio de Janeiro. A iniciativa reuniu jovens talentos de diversos estados do país com o objetivo de oferecer treinamentos de alto rendimento, além de vivências que simulam a rotina de atletas profissionais.

Convocados após se destacarem nas Paralimpíadas Escolares de 2023, os itapetininganos Eduardo Bento, João Guilherme Buzzo, Pedro Maggin, Yasmin Lino, Izabella Mineira e Isadora Lohany. integraram a delegação da região Sudeste — composta por atletas de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Minas Gerais não participou em razão de outros compromissos esportivos.

Durante uma semana, os jovens participaram de atividades intensas, com treinamentos em dois períodos e palestras noturnas. Além da prática esportiva, a programação incluiu vivência em ambiente militar, com rotinas de disciplina, respeito à hierarquia e convivência coletiva dentro das dependências do CEFAN, unidade da Marinha situada entre comunidades em situação de vulnerabilidade social.

De acordo com a técnica Eunice Lima, responsável pela equipe de Itapetininga, a experiência teve um impacto significativo na formação dos atletas. “Foi uma semana intensa e diferente do que estamos acostumados. Os atletas enfrentaram uma rotina de acordar cedo, alimentação regrada e respeito à bandeira. Tudo isso contribui para o crescimento pessoal e esportivo dos jovens”, afirmou.

O desempenho dos atletas de Itapetininga foi elogiado por profissionais da comissão técnica nacional. Segundo Eunice, a maioria dos jovens convocados já integra projetos de base do CPB e apresenta evolução acima da média. “Eles foram muito bem. Já chegam com um certo preparo, o que chamou atenção dos treinadores. Foi um momento importante de observação para futuras convocações”, destacou.

Além do treinamento físico, os atletas participaram de avaliações de desempenho conduzidas pelo setor de educação científica do Comitê Paralímpico, responsável por monitorar dados e o progresso de cada participante ao longo do tempo. Também tiveram acompanhamento de nutricionistas e psicólogos.

A técnica, que atua no paradesporto desde 2012, ressalta que o camping é uma oportunidade única para jovens com deficiência. “O projeto é um divisor de águas. Quando começamos, as crianças com deficiência não tinham acesso ao ensino regular. Hoje, temos mais de 50 pessoas atendidas em nosso projeto, entre crianças e adultos, e atletas que já são referência no Brasil”, relatou.

A presença dos atletas de Itapetininga no camping reforça o potencial esportivo da cidade e abre portas para novas oportunidades. “Esse tipo de participação ajuda na construção da carreira deles, mas também serve como argumento para buscarmos mais apoio institucional e do comércio local. O esporte paralímpico precisa de estrutura para continuar crescendo”, concluiu Eunice.

O Camping Escolar Paralímpico é uma nova iniciativa do CPB, dividida em quatro polos regionais. O objetivo é descentralizar o acesso à formação de alto rendimento e ampliar as chances de jovens atletas se desenvolverem em um ambiente técnico e competitivo.