Jornal do Meio Dia
Advogado Fabiano da Silva alerta aposentados sobre golpes envolvendo o INSS e orienta como recuperar descontos indevidos

Em entrevista ao Manhã Super Difusora, Fabiano da Silva explicou como identificar cobranças irregulares e reforçou a importância da desconfiança e da conferência do extrato do benefício
Durante o programa Manhã Super Difusora desta quarta-feira (18), o advogado previdenciarista Fabiano da Silva trouxe esclarecimentos importantes sobre golpes que têm atingido aposentados e pensionistas e explicou os caminhos legais para contestar descontos indevidos no benefício do INSS.
De acordo com o advogado, uma das fraudes mais comuns atualmente envolve associações que realizam descontos sem autorização nos pagamentos de aposentadorias e pensões. O problema, que ganhou repercussão nacional, já afeta mais de três milhões de segurados e pode ter causado prejuízo superior a R$ 2 bilhões.
“É essencial que o beneficiário consulte o extrato detalhado no Meu INSS. É nesse documento que aparece, mês a mês, qualquer desconto realizado. Só com essa informação é possível comprovar a cobrança indevida”, explicou.
Fabiano também alertou para golpes de pessoas se passando por advogados. Segundo ele, os criminosos usam dados reais de processos judiciais e entram em contato via WhatsApp, solicitando transferências sob a falsa promessa de liberação de valores. “Nenhum valor deve ser pago por fora. Custas judiciais, quando cabíveis, são feitas via guia oficial do fórum, sempre com acompanhamento do advogado de confiança”, reforçou.
Principais orientações do especialista:
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Sempre desconfie de mensagens ou ligações que pedem dinheiro para liberação de valores;
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Não forneça dados pessoais, senhas ou informações bancárias;
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Confirme o número do escritório ou advogado antes de qualquer contato;
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Busque ajuda da Defensoria Pública caso não tenha condições de contratar um advogado particular;
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Consulte regularmente o extrato de crédito do benefício no Meu INSS.
O advogado lembrou ainda que, em casos de descontos indevidos, é possível entrar com ação judicial contra a associação responsável e até contra o próprio INSS, pedindo devolução em dobro e indenização por danos morais. Entretanto, o governo solicitou ao STF a suspensão desses processos, o que está sendo avaliado pela Justiça.
“Desconfiar é o primeiro passo. E, na dúvida, procure atendimento presencial no INSS ou com um profissional de confiança”, concluiu.
A entrevista completa está disponível em nosso canal no YouTube: @superdifusoraoficial.