Sem categoria
CPFL registrou mais de 30 interrupções de energia por queimadas na região de Itapetininga em 2021
As queimadas podem ter duas causas: humanas ou naturais, e o tempo seco, aliado à ação dos ventos, pode fazer as chamas aumentarem e se proliferarem. Além disso, a ausência de chuvas – comum nessa época do ano – faz com que as queimadas em larga escala aumentem.
O assunto é discutido com grande empenho pelas distribuidoras e transmissoras de energia elétrica, pois há sério risco de incêndio em terrenos baldios ou áreas rurais sob as redes de distribuição e transmissão.
Um levantamento feito pelo Centro de Operações da CPFL Santa Cruz mostra que, apenas nas cidades da região de Itapetininga, durante 2021, foram contabilizadas 32 queimadas (de todas as proporções, sejam no campo ou na área urbana) responsáveis por interrupções no fornecimento de energia. Nos primeiros seis meses de 2022, o número já chega a oito ocorrências.
“Nosso trabalho de conscientização como Guardião da Vida visa diminuir, ano após ano, o número de queimadas e ter o menor impacto possível no serviço prestado, e também alertar que, de modo geral, são prejudiciais para o meio ambiente e à saúde humana. Além dos prejuízos à distribuidora, as queimadas geram destruição ambiental dos biomas e áreas que elas afetam, além de emitirem gases poluentes e fumaça, que causam mal à saúde, quando inalados”, afirma Ariley Cunha, gerente de operações de Campo da CPFL Santa Cruz.
Os incêndios sob a rede de distribuição de energia são, muitas vezes, causados pelo uso do fogo como método de poda de algumas plantações. “O impacto das queimadas é maior ainda quando acontecem sob as linhas de transmissão, responsáveis pelo abastecimento de regiões inteiras”, reforça Cunha.
Entre os municípios com mais interrupções na região de Itapetininga em 2021, a cidade lidera o ranking com 25 ocorrências. São Miguel Arcanjo ocupa a segunda posição com seis casos e Sarapui em terceiro lugar, com uma ocorrência.
Considerando todas as cidades atendidas pela CPFL Santa Cruz em 2021, as interrupções desse tipo cresceram 59% em relação a 2020. Foram 169 ocorrências no ano passado contra 106 no ano anterior.
Se compararmos apenas os primeiros seis meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, o número representa queda de 32%.
De acordo com o estudo da distribuidora, Mococa liderou o ranking geral de queimadas, totalizando 29 ocorrências, seguido por Itapetininga (25) e Casa Branca (19).
Considerando o impacto do assunto para a população, seja na segurança, seja na qualidade do fornecimento de energia, o grupo CPFL Energia, por meio da campanha Guardião da Vida, incentiva a discussão sobre o tema, a fim de promover uma reflexão sobre as atitudes que poderiam ser evitadas, reduzindo transtornos e até salvando vidas.
Na estiagem, a pouca umidade, a vegetação baixa e os ventos fortes são fatores que podem provocar incêndios. Além disso, até mesmo uma queimada mal controlada para atividades agrícolas também pode colocar em risco o fornecimento de energia, atingindo os cabos elétricos, desligando a rede e provocando prejuízos para todos, além de danos ao meio ambiente e à segurança da população.
O calor do fogo, mesmo quando não atinge diretamente os cabos elétricos, junto da fuligem levada pelo vento e grandes volumes de fumaça, também pode provocar curtos-circuitos ou rompimento de cabos, interrompendo o abastecimento de cidades inteiras. O ar quente gerado pode criar um campo ionizado, propiciando o fechamento de arcos elétricos* que desligam as linhas de eletricidade.
Por isso, a CPFL Santa Cruz dá dicas para o convívio adequado entre rede elétrica e queimadas:
- Não realize queimadas em áreas próximas às redes elétricas.
- Faça “aceiros” para controlar o fogo.
- Respeite a “faixa de servidão” ao realizar o plantio.
- Não solte balões. Além de ser proibido por lei, o balão provoca incêndios.
- Não jogue pontas de cigarro acesas nas matas ou em acostamentos das rodovias. Muitos incêndios surgem desse ato.
- Ao identificar um foco de incêndio, avise a Guarda Florestal e o Corpo de Bombeiros. Se for às margens de uma rodovia, ou próximo de uma rede elétrica avise também a concessionária ou órgão estadual responsável.
*O arco elétrico, também conhecido como arco voltaico, é uma grande quantidade de carga elétrica movimentando através do ar com alta velocidade (cerca de 100m/s) e elevadas temperaturas. Os arcos podem causar destruição dos equipamentos (chave, painéis, barramentos, condutores etc.) e ainda causar graves lesões físicas em pessoas próximas.
Em caso de falta de energia, ou de incêndio sob a rede elétrica, a população deve entrar em contato com os canais de atendimento da CPFL Santa Cruz:
Canais de atendimento ao cliente:
Site: www.cpfl.com.br
App: CPFL Energia
WhatsApp: (19) 99908-8888
SMS:26805
Call Center: 0800 772 2196
O que diz a lei. Proibidas em algumas áreas municipais, as queimadas podem ser autorizadas pela legislação sob critérios técnicos que impedem a propagação do fogo além dos limites estabelecidos.
O Código Florestal (Lei 12.651/12) proíbe o uso de fogo na vegetação, mas abre pelo menos três exceções: em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, desde que com autorização do órgão ambiental; emprego da queima controlada em unidades de conservação para conservar a vegetação nativa, quando as características dela se associarem evolutivamente à ocorrência de fogo e atividade de pesquisa científica.
Como forma de prevenir incêndios próximos às redes elétricas, conforme os Decretos Federais 24.643/34, 35.851/54, 41.019/57 e 84.398/80, uma das medidas que devem ser respeitadas pelos produtores no cultivo é o respeito às faixas de servidão, que são os corredores de 30 ou 40 metros de largura localizados