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Cidade não atinge meta de vacinação contra poliomielite
Itapetininga aplicou durante a campanha de vacinação contra a Poliomielite, 6.667 doses da vacina contra a doença, esse número representa 72,50% de cobertura na cidade. Sendo assim, o município não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde que era de imunizar 95% do público-alvo, ou seja, um total de aproximadamente 9,1 mil crianças deveriam ter sido vacinas em Itapetininga e até o momento 2,5 mil ainda não receberam as doses do imunizante.
A campanha iniciada em 9 agosto em todo o país estava prevista para terminar um mês depois, porém, devido à baixa cobertura vacinal, foi prorrogada até o último 31 de outubro. No estado de São Paulo foram aplicadas 1,6 milhão doses contra a doença, o que corresponde a 69,35% do público-alvo. Com isso, o Estado estendeu a campanha mais uma vez, agora até o dia 30 de novembro.
A vacina contra a pólio está disponível o ano todo nos postos de saúde e o esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Segundo a Prefeitura de Itapetininga, as doses contra a Poliomielite seguem disponíveis em todas as unidades de saúde do município.
Ministro da Saúde faz apelo
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em rede nacional no último domingo, dia 06, para incentivar a vacinação contra a Poliomielite. Ele admitiu que se trata de “assunto que preocupa a todos nós” e que a cobertura vacinal está com uma adesão abaixo da meta deste ano. A situação tem gerado o temor de um retorno de casos da doença ao país em meio ao enfraquecimento da adesão à vacina.
Queiroga admitiu que o Brasil corre o risco de “perder essa importante conquista”, que é a irradicação da doença. “Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis: vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais já existe vacina há tanto tempo”, disse.
A doença
O vírus pode atacar o sistema nervoso e causar paralisia irreversível – tanto que o nome popular é de paralisia infantil – em membros como as pernas, e também dos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. A poliomielite não tem cura, só prevenção, que é feita com a vacina.
A poliomielite, altamente contagiosa, atinge principalmente crianças com menos de 5 anos e que vivem em alta vulnerabilidade social, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado.