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Frente Parlamentar da Agropecuária e lideranças políticas recriminam protestos no DF

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Políticos ligados à agropecuária e entidades do setor, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), se posicionaram de forma contrária ao que ocorreu na tarde de domingo (8) em Brasília. Por meio de mensagens nas redes sociais e notas públicas, eles criticaram as invasões ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Colegiado que congrega mais de 300 congressistas entre deputados federais e senadores, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou nota de repúdio (íntegra no fim do texto). “Atos de vandalismo” foram algumas das palavras usadas pelo grupo para se referir ao que ocorreu em Brasília.

“A FPA como defensora do desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro e do país como um todo, assim como o setor, representado por suas entidades, não compactuam ou têm participação nos atos antidemocráticos acontecidos na capital federal.”

A União da indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) foi outra entidade relacionada ao agro a se posicionar de forma contrária. Tal como a FPA, a palavra “vandalismo” foi empregada para repudiar os acontecimentos registrados na Praça dos Três Poderes. Segundo a Unica, “nada justifica” as invasões e o “desrespeito institucional”.

“As opiniões políticas – tão valiosas para a democracia – devem ser manifestadas pelo voto e pelos canais republicanos, jamais pela força e pela incivilidade. Foram destruídos ou danificados não apenas prédios e objetos que são patrimônio do povo brasileiro, mas foi ofendida a sua própria alma. Ninguém tem o direito de fazê-lo”, afirma a Unica em comunicado divulgado à imprensa.

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro foi uma das primeiras lideranças do segmento a se manifestar a respeito. Pelo Twitter, ele definiu a situação como “inaceitável ataque contra a democracia brasileira”. Ele ressaltou que o rigor da lei será aplicado contra cometeu esse crime — que fez questão de chamar de “terrorismo”.

Presidente da FPA, Pedro Lupion classificou, por meio de sua conta na rede na rede de microblogs, a ocorrência como “vandalismo”. Para ele, é preciso respeitar a divergência política e reconhecer as “manifestações legítimas da população brasileira”. Por outro lado, o político reforça que “em momento algum dá para concordar com vandalismo ou destruição de patrimônio público”.

Ex-ministra da Agricultura e senadora eleita por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina, assim como Lupion, usou o termo “vandalismo” para se referir ao que aconteceu no fim de semana no Distrito Federal. “Momento gravíssimo que exige equilíbrio e sensatez. Precisamos de muita responsabilidade para enfrentarmos os lamentáveis acontecimentos de hoje”, publicou ela no Twitter.

Vice-presidente da FPA no Senado Federal, Zequinha Marinho foi outro a criticar o que manifestantes fizeram em Brasília. “Precisamos, todos, respeitar as leis. Sou a favor de atos ordeiros e pacíficos. Quebradeira e invasão de instituições é crime e deve ser punido”, publicou o senador.

Confira, abaixo, a íntegra da nota da FPA sobre as manifestações ocorridas em Brasília no domingo (8)

NOTA DE REPÚDIO | Atos de vandalismo em Brasília

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) repudia as invasões e atos de vandalismo ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto ocorridos neste domingo (8), em Brasília.

A FPA como defensora do desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro e do país como um todo, assim como o setor, representado por suas entidades, não compactuam ou têm participação nos atos antidemocráticos acontecidos na Capital Federal.

O agro brasileiro, há muitos anos, é ator importante no desenvolvimento do Brasil por levar comida de qualidade ao povo brasileiro e ao mundo, com responsabilidade ao papel que exerce.

Declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país. A bancada é contra a grilagem, o desmatamento ilegal e o uso irrestrito de pesticidas em lavouras. Assim, é importante esclarecer que a FPA e os representantes do agro prezam pela democracia e se posicionam contra quaisquer atos que gerem prejuízos aos país.