Historiador Hermélio Moraes destaca a importância do Folclore para a identidade cultural de Itapetininga no Dia do Folclore

Nesta quinta-feira, 22 de agosto, o Brasil celebra o Dia do Folclore, uma data que remete à riqueza das tradições populares e à diversidade cultural que permeia o país. Em entrevista ao Jornal do Meio-dia, o historiador Hermélio Moraes falou da relevância desse patrimônio imaterial para a cidade de Itapetininga e para o Brasil, destacando como as manifestações folclóricas moldam a identidade de um povo.

Durante a conversa com Antônio Luiz, Hermélio definiu o folclore como “a identidade de um povo, então a gente não pode deixar as tradições esquecidas, e o valor disso é que mantêm a diferença.” Essa perspectiva ressalta a importância de preservar e valorizar as tradições culturais que, ao longo dos anos, formam a base da identidade coletiva de uma nação.

Hermélio lembrou que o folclore não é apenas um conjunto de histórias e práticas do passado, mas sim um elemento vivo que se transforma e se adapta às mudanças sociais e culturais. Itapetininga, segundo ele, é um exemplo de como o folclore local absorveu influências de diversas regiões do Brasil. Ele citou a Festa do Milho, que durante muitos anos foi realizada na Peixoto Gomide, como uma manifestação que reflete essa diversidade cultural presente na cidade.

Além de preservar a memória e as tradições, Hermélio destacou a importância do folclore como uma ferramenta para fomentar o turismo em Itapetininga. “A exploração das lendas e tradições itapetininganas pode atrair visitantes e fortalecer a economia local, ao mesmo tempo em que mantém viva a herança cultural da região”, afirmou o historiador. Ele enfatizou que iniciativas para divulgar as lendas locais, como o Raimundão, podem se tornar atrativos turísticos significativos, valorizando ainda mais o patrimônio cultural de Itapetininga.

No contexto nacional, o Dia do Folclore também serve como um momento de reflexão sobre como as tradições culturais contribuem para a coesão social e a formação da identidade brasileira. Hermélio ressaltou que “o Brasil é um país de dimensões continentais e de uma diversidade cultural impressionante, e o folclore é uma das principais formas de expressar essa riqueza.” Ele lembrou que, desde as manifestações religiosas até as festas populares e danças tradicionais, o folclore brasileiro é um mosaico que reflete a multiplicidade de influências que formam a nação.

O historiador concluiu a entrevista com um apelo para que a comunidade itapetiningana continue valorizando suas raízes culturais. “Não podemos permitir que o folclore seja esquecido, pois ele é o que nos diferencia e nos conecta com a nossa história”, disse Hermélio. Ele destacou que, ao preservar e promover as tradições folclóricas, Itapetininga pode não apenas manter viva sua herança cultural, mas também se posicionar como um destino turístico que celebra a diversidade e a riqueza das tradições populares.