Manhã Super Difusora
Se você parar, sua empresa para junto?” Rafael Pexe provoca empreendedores no Manhã Super Difusora

O programa Manhã Super Difusora desta segunda-feira, 23 de junho, contou com a participação de Rafael Pexe, representante da Sinergia Soluções, para discutir um tema que desafia empresários e autônomos de todos os segmentos: a diferença entre ter uma empresa estruturada e simplesmente trabalhar por conta própria.
Durante a entrevista, Rafael foi direto ao ponto: muitos empreendedores acreditam que têm um negócio, mas na verdade apenas trocaram de chefe — continuam sendo o “funcionário principal” da própria operação, sem autonomia, descanso ou planejamento sucessório. “Se a sua empresa depende totalmente da sua presença para funcionar, ela ainda não é uma empresa de verdade. Ela é uma extensão do seu trabalho”, alertou.
Pexe abordou o conceito de “empreendedor autônomo”, aquele que, mesmo com uma equipe ou estrutura, ainda centraliza todas as decisões e atividades do negócio. Esse modelo, segundo ele, limita o crescimento e afeta diretamente a qualidade de vida do empreendedor. “É o empresário que não consegue tirar férias, que não pode adoecer, que não vê os filhos crescerem, porque o negócio gira exclusivamente ao redor dele”, destacou.
A conversa também abordou um exemplo prático: Rafael conseguiu participar de um congresso no Sul do país exatamente na reta final do Imposto de Renda — o período mais exigente para escritórios contábeis — porque sua equipe e os processos da empresa estavam preparados para funcionar sem ele. “Esse tipo de organização permite que o negócio cresça e se sustente com ou sem a sua presença”, explicou.
O especialista também confirmou sua presença como palestrante na COMBICON 2025, a maior conferência online de contabilidade do Brasil, com o tema: “Faturar mais de R$ 1 milhão em um escritório contábil é algo realmente distante?”. A palestra será baseada em sua experiência prática e pretende mostrar que esse patamar é possível com gestão estratégica, processos bem definidos e uma postura empresarial.
Para Pexe, o empresário precisa se fazer uma pergunta chave: “O que acontece com a minha empresa se eu precisar me afastar amanhã? Ela continua operando ou tudo para junto comigo?”. A partir desse questionamento, ele defende que empreendedores precisam pensar desde já em sucessão, autonomia, escalabilidade e preparação para o futuro, seja para vender o negócio, deixá-lo como herança ou simplesmente viver com mais equilíbrio.