Mais de 220 denúncias de maus-tratos a animais em Itapetininga reforçam urgência de políticas públicas e apoio da população

Durante participação no programa Manhã Super Difusora desta terça-feira, 16 de julho, a vereadora e delegada Dra. Júlia Nunes destacou os desafios enfrentados na causa animal em Itapetininga. A parlamentar reforçou que, apenas no primeiro semestre de 2024, o setor de proteção animal da Polícia Civil já recebeu mais de 220 denúncias de maus-tratos, evidenciando a necessidade de maior envolvimento da população e investimentos públicos contínuos.

A vereadora ressaltou que não há um canil municipal na cidade e que as associações protetoras de animais, como SOS Animais, Mia Dotty e UIPA, são instituições privadas, sem vínculo com a Prefeitura, e sobrevivem basicamente de doações. “Recebemos mais de 10 denúncias por dia. Não há estrutura pública para acolher todos os casos”, explicou Júlia.

Durante a entrevista, ela explicou que o papel do vereador na causa animal é legislar, cobrar do Executivo e buscar recursos. Recentemente, Itapetininga conquistou uma verba do deputado estadual Rafael Saraiva para a criação de um hospital veterinário público, que será destinado a animais em situação de vulnerabilidade. Além disso, foram realizados mais de 4 mil procedimentos de castração em seis meses, resultado de requerimentos e mutirões viabilizados pelo mandato da vereadora e por outros parlamentares que apoiam a causa.

Júlia também chamou a atenção para o papel do cidadão. “A responsabilidade com os animais é coletiva. A população precisa entender que não se trata de um problema exclusivo das ONGs ou da vereança. Sem o apoio da sociedade, não há solução viável”, declarou. Ela também destacou a necessidade de campanhas que incentivem a adoção responsável, o voluntariado e até mesmo contribuições simbólicas às ONGs, como doações mensais a partir de R$ 10.

Outro ponto importante citado por Júlia foi a falta de empatia e desinformação nas críticas feitas nas redes sociais. Ela afirmou que muitos ataques injustos culpam pessoas e instituições que já estão sobrecarregadas tentando fazer o possível. “Essa gatinha que resgatamos agora estava há pelo menos cinco dias agonizando na rua. O tratamento custa caro, a clínica ajuda, mas alguém precisa assumir o cuidado”, explicou, destacando o custo médio de um resgate: R$ 1.500.

A vereadora também atua como delegada na repressão aos maus-tratos e como voluntária em ações de resgate de animais em sofrimento. Ela finalizou o bate-papo agradecendo o espaço na rádio e reforçando que é preciso parar de apontar culpados e começar a fazer parte da solução. “A causa animal exige ação, responsabilidade e envolvimento de todos.”

Quem quiser ajudar pode entrar em contato com o Instagram da vereadora: @delegadajulianunes, ou procurar as ONGs: SOS Animais Itapetininga, UIPA Itapetininga e Mia Adotty.