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Espetáculo “Vestígios de alguém que não pôde falar” traz reflexão sobre pautas raciais e sociais ao SESI Itapetininga

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Com o propósito de promover reflexões profundas sobre questões raciais, políticas e sociais, o Núcleo Traços Fortes apresenta o espetáculo “Vestígios de alguém que não pôde falar” no SESI Itapetininga, em uma temporada de seis apresentações. A peça será exibida nos dias 08/11 e 09/11, às 20h; dia 10/11, às 18h; e nos dias 15/11, 16/11, e 17/11, novamente às 20h. A classificação indicativa é para maiores de 14 anos, e os ingressos são gratuitos, podendo ser retirados no site do MEU SESI.

A montagem, que compõe uma duologia, narra a história ficcional de uma menina negra que foi morta a caminho da escola. Em cena, sua mãe enfrenta uma jornada intensa, marcada por lutas e desafios, na tentativa de honrar e eternizar a história de sua filha. Com texto assinado por João Paulo Santos e Lucas Silveiras, ambos do Núcleo Traços Fortes, o espetáculo conta com inspirações dos contos de Conceição Evaristo, como “Olhos D’água” e “Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos”, além de fragmentos baseados em fatos reais.

A peça teve uma estreia marcante no SESI Rio Claro, onde emocionou um público de mais de 700 pessoas ao longo de oito apresentações. O diretor Lucas Silveiras destacou o impacto da produção: “Meu objetivo sempre foi despertar o público para a realidade de muitas mães e crianças negras no Brasil. Em Rio Claro, foi incrível ver mulheres negras saindo do teatro sentindo-se representadas e acolhidas. Esse espetáculo é mais do que uma história; é uma chamada à ação contra a violência e o racismo.”

“De que cor eram os olhos de minha filha?”

A pergunta, repetida ao longo do espetáculo, ecoa pela jornada da personagem “Mãe”, que luta por justiça após a morte de sua filha. Este questionamento se torna um símbolo de memória e resistência, reforçando a importância de recordar aqueles que amamos. “Vestígios de alguém que não pôde falar” é uma oportunidade de refletir sobre o impacto da violência urbana, especialmente nas famílias negras, e um tributo às mães que, mesmo na dor, continuam a lutar com força e amor.

O público de Itapetininga é convidado a participar dessa reflexão e a se conectar com uma história que vai além do palco, tocando temas essenciais da sociedade.