Jornal do Meio Dia
Comunidade Santo Antônio distribui até 120 marmitas por dia para moradores de rua e famílias carentes em Itapetininga
Durante o Jornal do Meio-dia desta quinta-feira (04), a coordenadora da Comunidade Santo Antônio, Aparecida das Dores Ayres Nunes, conhecida como Cida Ayres, falou sobre o projeto de doação de marmitas que beneficia moradores de rua e famílias em situação de vulnerabilidade em Itapetininga. A iniciativa, que começou de forma simples, cresceu com o apoio de voluntários e hoje distribui, de segunda a sábado, café da manhã e almoço para dezenas de pessoas.
Segundo Cida, o projeto nasceu há alguns anos, quando a comunidade começou oferecendo pães e sopas uma vez por semana. Com o tempo, mais voluntários se juntaram e as doações aumentaram, o que permitiu a ampliação do atendimento. Atualmente, cerca de 80 a 120 marmitas são preparadas diariamente.
A distribuição acontece na própria Comunidade Santo Antônio, localizada na Rua Campos Sales, nº 4, e atende não apenas moradores de rua, mas também desempregados e famílias que enfrentam dificuldades financeiras. “Nem todos que procuram o projeto estão em situação de rua. Muitos perderam o emprego, não conseguem pagar aluguel ou não têm condições de colocar comida na mesa”, explicou Cida.
O projeto conta com equipes de voluntários que se dividem entre o café da manhã e o almoço. Pela manhã, duas a quatro pessoas preparam pães, margarina, café, bolos e, quando há doações, frios como presunto e queijo. Por volta das 9h, outra equipe assume a cozinha para o preparo das marmitas, que incluem arroz, feijão, carnes, legumes e outros alimentos obtidos através de doações da própria comunidade, mercados e restaurantes parceiros.
Cida destaca que o projeto não recebe nenhum tipo de apoio político ou institucional: “Tudo que chega até nós vem do coração da população. Recebemos alimentos, roupas, calçados e até itens de saúde, tudo doado por pessoas, comércios e restaurantes”.
Além da comida, o grupo oferece apoio emocional e busca tratar todos com respeito e dignidade. “Temos muitas histórias marcantes. Já ajudamos pessoas que perderam o emprego, famílias inteiras em situação de emergência e até ex-gerentes e professores que, por dificuldades financeiras ou problemas com álcool e drogas, precisaram do nosso auxílio”, relatou a coordenadora.
A comunidade está aberta a doações de alimentos, roupas, calçados e produtos de higiene. Também há espaço para novos voluntários interessados em participar do preparo e da distribuição das refeições. “Caridade e amor precisam andar juntos. Aqui, ninguém é diferente de ninguém. Nós servimos com carinho, respeito e acolhimento”, finalizou Cida Ayres.
