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Força-tarefa fiscaliza obras motivada pelo aumento no número de acidentes de trabalho na região

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Uma força-tarefa de profissionais ligados ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) e à Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (AEAS) está percorrendo grandes empreendimentos e indústrias da região para garantir a segurança das obras. A ação de fiscalização é motivada pelo número de acidentes de trabalho na região de Sorocaba, que causaram a morte de 55 pessoas em 2023, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.

Os trabalhos acontecem até sexta-feira (12), nas cidades de Sorocaba, Itu e Salto. A solicitação para as fiscalizações foi feita pela Comissão de Auxílio e Fiscalização (CAF), da AEAS.

Ainda conforme os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano passado, foram registradas mais de 20 mil ocorrências de acidentes de trabalho na região de Sorocaba. Em 2024, sete óbitos já foram constatados.

De acordo com o presidente da AEAS, Heverton Bacca, a ação garante um aumento da capacidade de fiscalização e é fundamental para orientar profissionais e empresas sobre segurança do trabalho, especialmente diante do número de acidentes. “Não podemos admitir que esses eventos aconteçam por falta de segurança, seja nas obras ou na indústria. Por isso, a força-tarefa do Crea vai observar esses locais para entender o quão seguros eles estão”, afirma.

A presidente do Crea-SP, Lígia Mackey, destaca a importância da varredura que está sendo feita na região. “A atividade-fim do Crea é fiscalizar em prol da sociedade. O Crea fiscaliza se os serviços de engenharia têm um profissional da área atuando à frente dos trabalhos. Fazendo essa força-tarefa, garantimos a segurança e, também, a presença de engenheiros responsáveis nas obras”, explica.

Ao todo, 18 fiscais estão nas ruas para fiscalizar as obras e orientar sobre a importância de garantir a segurança dos profissionais e da população. “A força-tarefa está 100% conectada com a segurança do trabalho e acompanha o crescimento desse número de acidentes. Estamos fazendo uma ação orientativa e não punitiva, a não ser para os casos que sejam mais alarmantes”, detalha Rafael Janeiro, gerente regional do Crea-SP.

Divididos em grupos, os fiscais percorrem empreendimentos e indústrias das cidades da região. Conforme relata André Agunzi, chefe de equipe de fiscalização do Crea, além das orientações, se forem identificadas irregularidades graves, a força-tarefa pode acionar outros órgãos. “Nesses casos, podemos envolver outras esferas, como o Ministério do Trabalho e as prefeituras. Do contrário, notificamos o empreendimento para que regularize a situação em um período de 10 dias”, finaliza.