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Comerciantes devem se preparar para o fim do SAT e do Cupom Fiscal Eletrônico até 2026, alerta contador Nathan Henrique

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A partir de 1º de janeiro de 2026, empresas do comércio varejista que ainda utilizam o SAT ou o Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e) deverão migrar obrigatoriamente para a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). O alerta foi feito pelo contador Nathan Henrique, coordenador da Sinergia Soluções, durante entrevista ao Jornal do Meio-dia desta segunda-feira (07/07).

Durante participação no programa, Nathan Henrique detalhou as mudanças previstas na emissão de documentos fiscais com foco nos comerciantes que vendem diretamente ao consumidor final, como supermercados, lanchonetes, farmácias e outros estabelecimentos de balcão.

De acordo com o especialista, a migração para a NFC-e é parte do processo de adequação à reforma tributária e visa padronizar e simplificar a arrecadação de impostos. “O empresário precisa se antecipar. Deixar para última hora pode comprometer o funcionamento da empresa no início de 2026”, alertou Nathan.

A partir da data estipulada, empresas que ainda utilizarem o equipamento SAT para emitir cupons fiscais não conseguirão mais realizar vendas, pois o sistema estará desativado. A recomendação é que os empresários busquem orientação junto ao contador e ao suporte do sistema de emissão fiscal com antecedência. “Esse processo exige uma atualização técnica que pode demandar ajustes cadastrais. Por isso, julho é o momento ideal para começar”, reforçou.

O novo modelo — a NFC-e — mantém o mesmo formato visual do cupom fiscal tradicional, mas permite mais funcionalidades e integrações, como o envio por e-mail ao consumidor, dispensando a impressão em papel. “É uma alternativa sustentável, moderna e mais econômica, pois elimina a necessidade de impressoras térmicas específicas e de renovação periódica do SAT”, explicou o contador.

Nathan destacou que o novo sistema também já está preparado para incluir os novos tributos previstos na reforma tributária, como o IBS e a CBS. Inicialmente, as informações serão apenas informativas, mas já servirão de base para estimativas de arrecadação do governo.

IMPORTANTE RESSALVA:
O Microempreendedor Individual (MEI) continua isento da obrigatoriedade de emissão de documento fiscal para o consumidor final, e essa regra permanece válida mesmo após 2026.

ETAPAS PARA MIGRAÇÃO:

  1. Verificação do modelo atual: Identificar se a empresa ainda utiliza o SAT.

  2. Contato com o suporte técnico: Solicitar a substituição do SAT pelo sistema de NFC-e.

  3. Ajustes com a contabilidade: Realizar o credenciamento e obter o certificado digital necessário para a emissão da nova nota.

  4. Treinamento da equipe: Orientar os colaboradores para operar o novo sistema de emissão fiscal.

Segundo o contador, todo o processo pode ser feito em até uma semana, desde que a empresa esteja organizada e sem pendências cadastrais. “A pior escolha é deixar para o fim de dezembro, quando escritórios entram em recesso e empresas estão com a demanda elevada por causa das vendas de fim de ano”, disse.

REFLEXO ECONÔMICO E PRÁTICO:
Além da modernização, a mudança deve gerar economia ao empresário. A NFC-e não exige o uso de equipamentos específicos e permite maior controle e integração digital. “Essa é uma das muitas fases da reforma tributária que busca reduzir a burocracia e aumentar a eficiência da arrecadação”, completou.

Nathan ainda antecipou que, futuramente, haverá mudanças também para prestadores de serviços, com unificação nacional da Nota Fiscal de Serviço — o que deve impactar empresas de todos os municípios.

Empresários do setor de comércio devem procurar seu contador o quanto antes para garantir uma transição tranquila. “2026 está logo ali. Se organizar agora significa evitar prejuízos e manter a empresa regular para continuar vendendo normalmente”, concluiu Nathan Henrique.