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O que é o estado de emergência zoossanitária decretado pelo Ministério da Agricultura por gripe aviária

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O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoossanitária por um período de seis meses após o surgimento de casos de gripe aviária (H5N1) no Brasil, com os primeiros casos sendo registrados em 15 de maio.
Até agora, oito casos foram confirmados em aves no Brasil, sendo sete no estado do Espírito Santo e um no Rio de Janeiro. Esses casos envolvem aves silvestres migratórias e as granjas avícolas não foram afetadas pela doença. Não há casos relatados da doença entre humanos no Brasil.
A declaração de emergência zoossanitária significa que existe o risco de rápida disseminação da doença entre os animais. Ele permite que o governo tome medidas preventivas para evitar um surto. O termo “emergência zoossanitária” refere-se a um estado de alerta em relação à contaminação animal. Ainda não é um alerta relacionado à saúde humana, embora ações preventivas sejam cruciais, pois humanos podem contrair a doença.
A principal preocupação neste momento é evitar que a gripe aviária chegue às granjas e afete a produção comercial de aves. A gripe aviária se espalha rapidamente entre os animais e, se se espalhar para fazendas comerciais, os animais afetados precisariam ser abatidos, resultando em uma diminuição no fornecimento de carne de frango e ovos.
Ao declarar emergência zoossanitária, o governo pode agilizar os processos de combate à doença. Isso inclui a contratação de temporários, a desburocratização na compra de equipamentos ou o deslocamento de pessoal de um estado para outro, como explica Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
É importante observar que o Brasil ainda é considerado livre de infecção por influenza aviária em granjas comerciais, pois nenhum caso foi diagnosticado nessas instalações.

Os seres humanos podem contrair a gripe aviária?

Sim, o ser humano pode contrair a gripe aviária quando entra em contato direto com secreções e fluidos de um animal infectado portador do vírus H5N1, vivo ou morto.
Por esse motivo, o Ministério da Agricultura orienta as pessoas a não manusear aves doentes ou mortas. Não há relatos de transmissão da gripe aviária pelo consumo de frango ou ovos, nem pela manipulação de carne de animal infectado, reforça o ministério.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é “incomum” que a doença seja transmitida de humano para humano. No entanto, ações preventivas são fundamentais porque a circulação contínua da doença tem o potencial de gerar mutações no vírus, tornando-o mais contagioso.