Agronegócio
Com apoio de câmeras instaladas nas copas das árvores e de drones, Suzano registra grupos de muriquis-do-sul em suas áreas

Os Brachyteles arachnoides, conhecidos como muriquis-do-sul, são considerados os maiores primatas das Américas. A espécie é identificada como uma das mais ameaçadas, pois restam pouco mais de 1.200 indivíduos em todo o planeta, e está classificada como criticamente ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
No segundo semestre de 2022, foram instaladas 13 câmeras em pontos estratégicos das copas das árvores para coletar informações em tempo real sobre os muriquis-do-sul e, no primeiro trimestre deste ano, foi possível analisar os dados coletados. Essa é uma das ações do Projeto de Conservação de Primatas Ameaçados em parceria com pesquisadores(as) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O objetivo do projeto é contribuir com a geração de informações sobre o uso do habitat da população de primatas, adaptando tecnologias com protocolos e métodos inovadores, como instrumentos decisivos para a conservação de espécies ameaçadas.
“Os nossos equipamentos são capazes de capturar informações em tempo real e realizar filmagens de até 30 segundos dos animais. As imagens são armazenadas e analisadas pela equipe da UFV e, posteriormente, compartilhadas com a Suzano”, explica Paulo Ricardo da Silva Rodrigues, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em São Paulo.
Nativo da Mata Atlântica, o primata é considerado um dos maiores “restauradores da floresta”, pois pode em apenas um dia dispersar sementes de até oito espécies de plantas, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), ajudando a conservar o bioma e a fragmentar matas nativas.
Segundo o coordenador, com o uso dessas tecnologias foi possível localizar outras espécies de animais no local. “Além dos muriquis-do-sul, conseguimos registrar outras espécies de animais: macaco-prego (Sapajus nigritus) e sauá (Callicebus nigrifrons). Os registros dos muriquis-do-sul foram realizados por drones, câmeras em copas de árvores, avistamento em trilha e registro de vocalização. Já para os sauás e macaco-prego foram por avistamento em trilhas e vocalização. Outras espécies de mamíferos foram registradas, como: Queixada (Tayassu pecari, espécie ameaçada de extinção) e Quati-de-cauda-anelada (Nasua nasua)”, reforça.
Atualmente, a Suzano dedica mais de 130 mil hectares no Estado de São Paulo à conservação da biodiversidade. As áreas da Unidade de Negócio Florestal de São Paulo (UNF-SP) estão inseridas em diferentes mosaicos de cobertura florestal e abrigam diversos tipos de vegetação dos biomas Cerrado e Mata Atlântica. De modo geral, as áreas da empresa possuem remanescentes capazes de contribuir para a conservação de várias espécies, em especial as endêmicas do bioma ou ameaçadas de extinção.
“A Suzano possui reconhecimento nacional e internacional por suas práticas sustentáveis nas regiões em que atua. A descoberta do muriqui-do-sul nas áreas de conservação da empresa confirma o nosso compromisso com a conservação da biodiversidade e nosso propósito de Renovar a Vida a partir da Árvore”, finaliza Rodrigues.