Jornal do Meio Dia
Sexta-feira Santa: A História do dia que marca o sacrifício de Cristo

Celebrada neste ano em 18 de abril de 2025, a Sexta-feira Santa é uma das datas mais sagradas para os cristãos em todo o mundo. Marcando o ápice da Semana Santa, o dia relembra a crucificação e morte de Jesus Cristo no Calvário, símbolo do maior ato de amor e redenção da fé cristã. Muito mais que um feriado, a Sexta-feira da Paixão carrega séculos de tradição, reflexão e espiritualidade.
As origens da Sexta-feira Santa remontam aos primeiros séculos do cristianismo, quando os seguidores de Jesus passaram a recordar sua paixão e morte como parte essencial da celebração da Páscoa. Com o crescimento do cristianismo no Império Romano, especialmente a partir do século IV, a Semana Santa passou a ser estruturada com celebrações específicas para cada dia – sendo a sexta-feira dedicada à recordação do sofrimento e do sacrifício de Cristo na cruz.
Segundo os relatos dos Evangelhos, Jesus foi preso, julgado e condenado à morte por crucificação. A crucificação ocorreu por volta das 15 horas, horário que até hoje é lembrado nas igrejas com a cerimônia da Paixão do Senhor. É um momento de silêncio, penitência e oração, marcado pela ausência da missa e pela Adoração da Cruz, símbolo do martírio de Jesus.
O nome “Sexta-feira Santa” também é conhecido como “Sexta-feira da Paixão”. A palavra “paixão” vem do latim passio, que significa sofrimento. Nesse contexto, ela remete ao caminho de dor enfrentado por Cristo até sua morte, que, para os cristãos, representa o ato supremo de entrega e salvação da humanidade.
No Brasil, a tradição foi trazida pelos colonizadores portugueses e ganhou força com o tempo, sendo influenciada por expressões culturais e populares regionais. Em 1946, a Sexta-feira Santa foi oficializada como feriado nacional, reconhecendo seu valor espiritual e cultural. Durante a data, é comum que os fiéis pratiquem o jejum, a abstinência de carne e participem de procissões e encenações da Via Sacra, representando as 14 estações do caminho de Jesus até a cruz.
A celebração faz parte do Tríduo Pascal, que começa na Quinta-feira Santa e termina no Domingo de Páscoa, dia da ressurreição de Cristo. Juntos, esses três dias representam o centro da fé cristã: a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Mais do que uma tradição religiosa, a Sexta-feira Santa é um convite à introspecção, ao silêncio e à lembrança de um gesto que mudou a história da humanidade segundo a fé cristã. Em 2025, ao cair no dia 18 de abril, os cristãos de todo o mundo se reúnem novamente para relembrar esse momento que, mesmo após dois mil anos, segue vivo no coração da Igreja.